quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O mito da igualdade no Brasil

As declarações do general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho, que foram feitas durante audiência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, nesta quarta-feira (3), deram o que falar.
O general, que fora indicado para ocupar uma vaga de ministro do Superior Tribunal Militar, afirma que soldados não obedecem a comandantes homossexuais. Segundo Cerqueira Filho, um homossexual não é capaz de realizar as atividade desempenhadas pelas Forças Armadas. “Talvez tenha outro ramo de atividade que ele [o militar homossexual] possa desempenhar”, afirmou.
O senador Demóstenes Torres (GO) e Eduardo Suplicy (SP) estavam presentes e questionaram o tema ao general e ao o almirante Álvaro Luiz Pinto, que também fora indicado a uma vaga no STM, “Vossas excelências são favoráveis ao ingresso de homossexuais em qualquer das forças e acham que essa polêmica tem razão de ser?”, perguntou o senador Demóstenes. Já Suplicy, quis saber se ambos os militares defendiam a exclusão de todos homossexuais das Forças Armadas, uma vez que Cerqueira afimou que os os mesmos não são para o ramo.
Em resposta, Cerqueira continuou afirmando a incapacidade e, Luiz Pinto, disse que não via problema, desde que o militar mantivesse "sua dignidade".

O heterossexismo está institucionalizado nas nossas leis. A tentativa, qualquer que seja, de impôr a heterossexualidade como superior ou como única forma de sexualidade é uma violação dos direitos humanos.

Constituição brasileira de 1988:
"Art. 5º Todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença
Art. 220º A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística."


E lá vamos nós, mais uma vez, no mito da igualdade ...

3 comentários:

  1. Absurdo, por isso em ver de progredir a gente regride! :/

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  2. É um baita absurdo ainda existir tanto preconceito,principalmente com relação aos homosexuais !
    O mundo está mudando cada vez mais, e aqueles que não possuem a mente aberta e que não se dipuserem a conviver com as diferenças vão ser "engolidos" pela sociedade.

    Gostei do post! Congratulations! =)

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  3. Outro dia a rede Globo transmitiu uma matéria, sobre um casal de gays que servem ao exercito Brasileiro. Eram homens muito bem apresentados, nada de extravagante, até o momento do beijo. Não estou sendo preconceituoso apenas racional. O fato é que independente da escolha sexual, eu não acho certo que haja relações afetuosas dessa maneira neste compartimento do estado federal, que é o exército. No mais, não sou preconceituoso em relação aos homossexuais. Até mesmo, se existisse algum romance entre um homem e uma mulher heterossexuais, não concordaria. Já que estamos falando da segurança nacional. E isso exige certa seriedade durante o serviço, com outras palavras, concentração.

    Gostei do Post Ló ! Interessante! :)

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